segunda-feira, 14 de março de 2011

VIVENDO, MORRENDO E APRENDENDO...
(texto recebido espiritualmente por Wagner Borges)
Lembra como era incrível antes?... Nós brincávamos tanto. O tempo parecia não existir e nada nos separava. Meus brinquedos espalhados pelo chão do quarto e vocês brigando/rindo comigo por causa da bagunça.
Mãe, pode crer, eu era feliz aí e, se pudesse, ainda estaria morando com vocês. Só que Deus resolveu me puxar pra fora do corpo de uma vez. A princípio relutei e não quis seguir aqueles homens-espíritos-legais que estavam ali na UTI pra me ajudar. Mas daí apareceu meu vô no meio de uma luz bonita e me explicou que meu corpo estava bastante detonado pela doença e que eu não podia mais ficar dentro dele.
O vô me pegou no colo e flutuou comigo por cima da cama onde meu corpo estava. Foi aí que apareceu um túnel de luz à nossa frente e o vô mergulhou dentro dele comigo agarrado. O túnel era radical e eu gostei de seguir dentro dele, pois havia uma "luz viva" nos envolvendo e ela parecia nos acariciar suavemente. A luz era gostosa, mas acabei dormindo no colo do vô.
Quando acordei, estava deitado numa cama super cheirosa e macia. O lençol que me cobria era super branquinho e o mais incrível é que, à medida que eu respirava, ele soltava uma luz que me penetrava e me fazia um bem danado. Uma moça vestida de branco entrou no quarto onde eu estava e me disse que eu tinha desencarnado, mas que estava bem. Pô, achei isso muito estranho, mas a moça estava falando sério mesmo. Daí, lembrei o que o vô tinha falado comigo na hora de flutuar e fiquei quieto esperando ele chegar. Quando ele chegou, me deu um abração e logo me botou no seu colo novamente.
O vô me levou pra um jardim fantástico que tem aqui e me explicou tudo direitinho. Disse que eu tinha desencarnado mesmo e que precisava de um tempinho pra me adaptar. Disse também que só era pra eu ter vivido mesmo na Terra por onze anos.
Segundo o vô, vocês até que aturaram bem a minha partida, mas parece que sobrou uma ponta de dor quando lembram da minha doença. É por isso que ele arranjou esse rapaz sensitivo pra eu escrever através da mente dele.
Parem de falar com os outros sobre a minha morte; falem sobre a minha vida. Foi curtinha, mas foi uma vidinha legal!
Quando o vô olha pra mim, sai luz dos olhos dele.
Olhem, tenho que parar de escrever agora. O vô está me dizendo que o rapaz sensitivo ainda tem de escrever um monte de coisas de outros caras que estão aqui com ele. Quando der, eu volto!
Um beijo